terça-feira, 27 de julho de 2010

Será que ainda vão me amar?

No último domingo, na rede record, o Gugu foi até Houston, nos Estados Unidos, entrevistar a modelo Brasileira, Sheyla Hersher, que implantou grandes próteses de silicone nos seios para bater o recorde sulamericano e, agora enfrenta sérios problemas de saúde.

Eu não sou psicóloga, nem entendida em comportamento humano, mas o que as pessoas são capazes de fazer para mostrar que existe é uma coisa de louco. A busca da superação pelo esforço, pelo trabalho é bastante compreensivo e é isso que impulsiona o progresso geral, mas o excesso em alguns casos, passa a ser visto como um desequilíbrio, e nesse caso, é uma busca desesperada de uma mulher bonita, carismática e de uma simplicidade no falar que dá gosto de ouvir. Será que essa obsessão pela mudança corporal é o único caminho existente para permanecer no augue? Com certeza ela possui valores pessoais, beleza interior. Só falta ela mesma acreditar nisso. Insegurança, a baixa estima são sentimentos que leva a pessoa a depender muito da aprovação alheia, dos aplausos e da confirmação que vem de fora. Não basta ser gente, tem que ser melhor que os outros, tem de gritar que existe, tem que ser amada de qualquer jeito, porquê? Por que ainda não conseguiu amar a si mesma. Tem que ser avaliada, Porque não confia na sua própria avaliação. Tem que ser aceita com adulteração, porque ela não consegue se aceitar como realmente é. Talvez seja uma inversão de valores, talvez seja uma forma de ganhar dinheiro, mas o que faz sofrer mesmo, é a coragem exagerada de enfrentar o mundo e, ao mesmo tempo, a fragilidade de enfrentar seus medos íntimos. Muitas pessoas se escondem, buscam asilo no sucesso para não encontrar com o que tem por dentro. Agarram em qualquer coisa, para não ter tempo de ver a sua própria fragilidade. Uma fragilidade que a leva a perguntar ao Gugu: Sem os meus seios grandes, será que as pessoas vão me amar?

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