terça-feira, 26 de abril de 2011

ACONTECE

Você já ouviu aquela história do homem que queria encontrar ouro. Depois de muito procurar ficou sabendo que teria de ir para longe. Resolveu então vender o sítio onde morava e com o dinheiro da venda partiu em busca dos seus sonhos. Andou muito, cavou até não poder pode mais e desgostoso, sem encontrar o que tanto procurava, ele retorna para sua terra natal.A surpresa foi então muito grande quando ele abre o jornal e vê estampado a foto de sua ex propriedade com a notícia que lá existia uma jazida de ouro.

E você tem consciência de tudo que possui e das graças que recebe todos dos dias? Da família linda que você tem e que muitas vezes ignora, até mesmo invejando a família dos outros? O problema é que a verdadeira felicidade nunca será encontrada do lado de fora. Tem gente que roda o mundo, gasta se muito dinheiro e não consegue preencher o vazio de sua existência. Isso porque não valoriza os momentos felizes. Ninguém é feliz o tempo todo, mas a consistência desses momentos, o homem consegue perceber, no alívio depois da cólica, na luz que corta a escuridão, na calma que sobrevém a tempestade, no equilíbrio depois da queda e no cobertor que chega dissipando o frio intenso. Só assim o ser humano entende o que é felicidade, porque passa a avaliar o antes e o depois. Ainda bem que algumas pessoas conseguem enxergar o bem que existe ao seu redor antes de colocar à venda o seu bem mais precioso e sair por aí afora a procura dos tesouros do mundo. O homem não precisaria experimentar a cólica, a escuridão, a tempestade, a queda e o frio para então descobrir que a felicidade está muito mais próxima do que se imagina, ou que ela até já existe. Quer coisa melhor do que a consciência do dever cumprido? Tem coisas que os olhos não querem ver. Ele não sabe olhar para dentro de si mesmo.

Um comentário:

  1. Puxa, parece a parabola do filho prodigo... muito interessante..bjs Sandra

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