quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ainda estudando o livro sinal verde

"A amizade verdadeira não é cega, mas se enxerga defeitos nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim." André Luiz

Dizem que a paixão deixa o outro cego. Não acredita em nada e em ninguém que se aproxime para lhe abrir os olhos. Quantos corações padecem dessa anomalia de pequena duração, mas que faz um estrago... Bom agente que está de fora considera que é estrago, mas será que quem passa por por isso pensa assim?

Com a paixão o resultado é sempre negativo, porque paixão é um sentimento desenfreado, sem controle, que leva as pessoas a agirem impulsionadas pela força do sentimento. Já o amor é diferente, por que ele é controlado pela pessoa, é tranquilo, confiante. Essa história de dizer que quando namora, o outro não se mostra como realmente é tem seus limites. Na verdade, o outro pode até se mostrar, porém o ser enamorado pensa poder mudar o candidato a esposo ou esposa a ponto dele se transformar naquele objeto que se deseja. A grande surpresa vem do fato de que ninguém muda de personalidade, como se muda de roupa. O que antes era perfeitamente suportado, depois da convivência em comum perde a graça e ai então se torna válido o ditado popular que diz: O namorado não é nem parente do marido. De quem é a culpa? Quem é que antes de sair com alguém se preocupa em fazer uma sindicância, ainda que seja rápida, do candidato a usufruir dos melhores e mais ricos momentos de sua vida? O amor verdeiro nunca deve ser cego, mas consciente dos problemas que vai abraçar na vida, com a certeza de que também terá ao seu lado alguém com quem dividir os seus. Os defeitos do outro não deve ser encarado como algo que você terá de concertar, porque isso nunca acontecerá, a não ser que a pessoa amada queira fazer ela mesma, a peso de decisão interior, o uso da força de vontade na construção da reforma. As pessoas podem, para seduzir uma outra, usar de forma momentânea, uma imagem falsa, mas não poderá permanecer com essa imagem por muito tempo, a título de cair em contradição.
A consciência de uma amizade verdadeira, não anula as imperfeições alheias, como sugere ANDRÉ LUIZ, em SINAL VERDE, mas consegue amar até os defeitos, compreendendo e aceitando o outro do jeitinho que ele é, sem desejar, para o andamento do compromisso assumido que o outro tenha que mudar. Quando vivemos iludidos por qualquer coisa, nada mais comum de acontecer do a chegada da desilusão, e ela vem sempre vestida de acessórios que só aumenta o peso desse fracasso.


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