segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Velho mundo

Quando penso no velho mundo, e nas suas transformações ocorridas ao passar do tempo, fico cada dia mais impressionada com as dificuldades cruciais que as sociedades encontraram e encontram até hoje, para resolverem os conflitos existenciais que essa própria sociedade não cansa de criar. Então agente pára e pensa: Puxa vida! Tudo poderia ter sido tão mais simples, se não houvesse tantos homens com graves distúrbios morais, usando esses desvios de caráter para o sustento tão prolongado da maldade. Quanta necessidade o homem tem de comandar, submeter os outros à sua incúria! Como o universo é perfeito e como o homem vem deixando rastros de dor e humilhação àqueles que se encontram na subordinação.

Quando os Jesuítas a bem do dever de evangelizar, cheios de aparente boas intenções, prendiam e dominavam os índios num regime de quase escravidão, longe de ser ensinamentos cristãos, ensinavam a fé católica apenas com as palavras sem nenhuma exemplificação, para justificar o sentido do que realmente faziam ali: Monitorá-los e fazer deles seres obedientes à vontade de uma corte. Onde estava o espírito cristão dos colonizadores, que com a cruz de cristo fincada em território alheio infligiram os maiores sofrimentos ao seus moradores, usando da autoridade da força. Tudo isso justificado pela história em nome da expansão territorial e consolidação de divisas. Enquanto isso, alguém dormia em lençóis de cetim, em quartos forrados de ouro, às custas do suor e sofrimento de seus semelhantes.O mundo sempre viveu por séculos e séculos sufocado por regimes do absolutismo, mercantilismo, socialismo, comunismo etc, incorrendo nos mesmos erros, sem encontrar o equilíbrio para solucionar as questões sociais existentes. Não é atoa que ao longo desse processo de aprendizagem, de tempos em tempos florece num campo minado, idéias novas que proliferam das cinzas para alavancar os decadentes e desesperançosos, indo ao encontro da fome de renovação que sente um povo caído pelo desespero. mas em pouco tempo, o corpo sujo ofusca essas inspirações divinas e lhes modifica o rumo.

Daí se viu as grande nações com poderes antes intocáveis, se ruírem, como aconteceu com o império de Roma, Portugual, Espanha e outros. É o ditado popular acertando mais uma vez, quando diz que atrás de moita, tem moita. E enquanto as lições não são aprendidas elas tendem a se repetir e repetir. Muda-se as siglas, mas não muda as imperfeiçoes dos que conduzem os destinos do mundo com a permanente semente do orgulho, do egoísmo e da vaidade, minando todas as possibilidades de tirar o mundo da pobreza em que ele se encontra.
Se eu não tivesse fé, eu diria para vocês que não tem mais jeito.Veja bem o ponto em que nós
estamos hoje. Não somos mais escravizados nem por jesuítas , bandeirantes; nem por donos de senzalas . Não temos mais um país com divisas ameaçadas de invasão, não sofremos com a exploração portuguesa, não temos a inquisição. Somos livres hoje para professar a nossa religiosidade.Temos a disposição do todos, vacinas, remédios, tecnologia encurtando distâncias, mas não vencemos nem de longe o desespero íntimo da dominação mental que torna o homem do século XXI ainda tão cativo da manipulação de outras mentes. Sendo portanto uma humanidade que tem uma grande maioria de seus jovens dominados pela dependência química e pelos traficantes de droga.
Os debates acontecem em todos os pontos. A luz se faz hoje nas quedas dos regimes dominadores que insistem em permanecer, e isto é muito bom que aconteça, o lamentável é que quem derruba e se apossa do poder, logo o requer para a satisfação e deleite dos próprios interesses. É aquela semente que falei atrás, onde o verme da imperfeição humana acaba por contaminar.
Um grande pensador da era Iluminista, Montesquieu, autor do livro "O Espírito das Leis" escreveu: É uma verdade eterna: "Qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele".
Por que o aprendizado humano é tão lento, só Deus o sabe, mas grande parte desta estagnação ética e moral que atrasa o progresso espiritual da terra se deve à pouca atenção que sempre se deram às observações ensinadas pelo cristianismo primitivo, que deixou muita lição, mas poucos interessados em converte-la na vida real. Instalou-se a corrupção em série minando os poucos recursos para a melhoria da qualidade de vida na terra.
De tantas lutas travadas até hoje, onde está os frutos? Só se for mesmo materiais, porque guerras não produzem vencedores. Os desastre provocados por elas continuam a destruir por tempos incontáveis. Todos os métodos já foram testados para consertar o mundo, só que eles são sempre falhos por não levar em conta os combate aos defeitos internos que desencadeia todas as lutas: A desmedida ambição do homem na terra.O tempo passa e ainda temos casos graves de fome, de violência à criança, de escravidão de intolerância religiosa, como nos séculos anteriores.É tudo se repetindo sempre como se a vida fosse uma grande bola de neve onde os homens não conseguem achar uma saída.Apesar de tudo isso, o homem moderno não pode justificar a ignorância sobre os princípios cristãos que norteou e norteia os homens de boa vontade. Quem quer que seja que acredite em Deus venceu e sempre vencerá, mesmo que esteja as suas vitórias nas cortinas da invisibilidade humana, uma vez que o espírito infinitamente continua a sua jornada encontrando os seus próprios resultados na merecida recompensa. Se não fosse por isso minha gente esse mundo seria uma grande ilusão. Uma triste ilusão de ótica.

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