quarta-feira, 14 de março de 2012

ENCARCERADOS DA TERRA

Quando penso porque estou no mundo, sinto uma responsabilidade muito grandede saber que o preço da  evolução requer, às vezes, uma freada brusca nos embalo das ilusões da vida.Primeiro passei  a questionar com frequência  :O que é ser pobre, ou ser rico?
Se é nesse mundo que nós vivemos, devemos ter como referência a situação conhecida de pobreza e riqueza que aqui conhecemos. Na terra ser rico é ter dinheiro, posses e mordomias, e ser pobre é não ter nada disso.
Então todos querem ser ricos, e muitos são os que  estudam, não para saber mais, mas para ganhar mais; trabalham dia e noite, não para engrandecer a obra em si, mas para ganhar mais; Casam-se e aquire uma companheira, não para dividir com ela os laços de amor pela vida afora, mas para somar o que ganham e chegar mais rápido ao objetivo.É sempre o dinheiro interferindo nos sonhos, no sono, na vida e na morte de quem se deixa encarcerar-se por ele.E quando ele  passa a ser o único móvel da existência, a vida se transforma num grande balão, onde apenas um ar fédico e invisível ocupa o seu espaço,dando a imprensão de um vazio existencial. Então de uma hora para outra, ou ele explode, ou ele esvazia. Muitos são os que entre servir a Deus opta por servir a mamom. Opta, não pela superação de si mesmo, mas para superar os outros . Se não alcançar o que o outro tem, pelo menos que esteja ao lado dos maiores, É assim a relação de homem pra homem, de país para país,etc. Onde vamos parar? Temos que refletir muito,  para  mudarmos aos poucos esse fator referencial de comparação, que por todos os tempos, impede a liberdade real dos encarcerados da terra. Como diz o velho amigo... Falar é fácil, difícil é fazer, é onde o desprendimento dos bens terrenos
( termo evangélico) precisa sair das páginas para ser mais exercitado na vida. De que vale ganhar o mundo e oprimir a alma? Jogá-la num vale qualquer, desnudada e sangrenta para sempre recomeçar? Tudo que existe no mundo é acessório importante de auxílio  ao homem para que ele sinta motivação, alegria e momentos de lazer.Mas não podemos esquecer aquela parte de nós, que vai continuar a jornada , mesmo que o corpo não possa ir junto. O que será dela? a alma? Vai levar o quê? Com certeza o dinheiro não, as posses também não.Somente a bagagem das boas atitudes. Tem gente que leva muito, tem gente que leva alguma coisa, outros não levam quase nada, e enfim os que levam o remorso, a magoa, a dor, o constrangimento de não ter mais o que receber.E o que é pior: O tempo perdido! Muitos foram os homens do mundo, viveram para o mundo e o mundo os pagou. Mas a nossa moeda nada vale no continente do espírito. O pobre rico que nada tem pra levar acaba não tendo onde cair , a não ser a lama, ou os porões da própria consciência. Aprender sobre o desprendimento dos bens terrenos  se torna uma matéria indispensável no currículo da nossa existência, e pode ser considerada de urgência, urgentíssima para todos nós.

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